Em Poesia do meu jeito você vai encontrar poesias elaboradas do meu jeito, com simplicidade e naturalidade, as quais tiveram início ainda na década de 70 e continuam a nascer, a partir de uma emoção que aflora, de uma visão de mundo e de vida ou de um simples fato do cotidiano. Sinceras, atuais, realistas e surrealistas.
domingo, 16 de outubro de 2011
Produção negativa
A máquina voraz trabalha
Produzindo sons ininterruptos,
Na surdez aos apelos humanos,
Na indiferença perante
A destruição da natureza.
A máquina voraz trabalha
Deixando o homem moderno
Surdo, cego, mudo.
A máquina voraz trabalha
Transformando sempre
O homem num robô,
Num ser programado,
Num indivíduo codificado.
A máquina voraz trabalha
Deixando o homem moderno
Vazio, perdido, aloucado...
Concita
21/08/1980
sábado, 15 de outubro de 2011
Braços vigorosos
Braços vigorosos surgirão
No caminho da vida.
Braços vigorosos farão
Tudo mudar,
As ondas do rio
Em ondas do mar.
As estrelas do céu
Em estrelas do mar.
O grito humano
Em fita magnética,
Que vai gravar,
A voz da bonina,
O suspiro do ar,
O barulho da alma
Que está a chorar.
E quem a fita escutar
Há de perguntar:
-Como pode a fita
Esses sons gravar?
Concita
08/01/1977
No caminho da vida.
Braços vigorosos farão
Tudo mudar,
As ondas do rio
Em ondas do mar.
As estrelas do céu
Em estrelas do mar.
O grito humano
Em fita magnética,
Que vai gravar,
A voz da bonina,
O suspiro do ar,
O barulho da alma
Que está a chorar.
E quem a fita escutar
Há de perguntar:
-Como pode a fita
Esses sons gravar?
Concita
08/01/1977
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Aprovação
A raiz prende
A planta no chão,
Sem a sua aprovação.
Por que o homem
Pede ao povo
Sempre aprovação?
Será que não sabe
Viver só com sua razão?
Concita
08/04/1976
A planta no chão,
Sem a sua aprovação.
Por que o homem
Pede ao povo
Sempre aprovação?
Será que não sabe
Viver só com sua razão?
Concita
08/04/1976
Simplesmente sol
O sol pensou
E compreendeu,
Que não é bom
Todo tempo brilhar.
Devagar foi embora,
Devagar foi embora...
Deixando a lua
Chegar!
Concita
21/07/2011
sábado, 1 de outubro de 2011
A granada
O estilhaço da granada
Acaba com a vida.
A granada da vida
Quando explode
Estilhaça o homem,
Tira o sentido da vida.
O estilhaço da granada,
A granada da vida,
Tudo acaba,
Tudo liquida...
Concita
25/0/1977
Acaba com a vida.
A granada da vida
Quando explode
Estilhaça o homem,
Tira o sentido da vida.
O estilhaço da granada,
A granada da vida,
Tudo acaba,
Tudo liquida...
Concita
25/0/1977
Ingratidão
O pavio foi aceso,
O fósforo apagado,
Jogado no chão...
É assim mesmo
A ingratidão!
O fósforo apagado,
Jogado no chão...
É assim mesmo
A ingratidão!
Concita
28/07/1977
Nuvem ligeira
Nuvem branca
E ligeira
Que passa no céu
A esvoaçar,
Lembra a alegria
Da gente
Quando vive pouco
E se vai a esvoaçar!
Concita
2/05/1976
Sol ardente
O sol ardente
Muito quente
Que na seca
Tudo acaba,
É o mesmo sol
Que tanto agrada
Quando enxuga
A terra molhada!
Concita
15/02/1976
Muito quente
Que na seca
Tudo acaba,
É o mesmo sol
Que tanto agrada
Quando enxuga
A terra molhada!
Concita
15/02/1976