Em Poesia do meu jeito você vai encontrar poesias elaboradas do meu jeito, com simplicidade e naturalidade, as quais tiveram início ainda na década de 70 e continuam a nascer, a partir de uma emoção que aflora, de uma visão de mundo e de vida ou de um simples fato do cotidiano. Sinceras, atuais, realistas e surrealistas.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
Enigma
Sol e lua,
Lua e sol
O que dizem?
Aquecimento, suavidade,
Perseverança no trabalho,
Luz para todos?
Praia e sertão,
Sertão e praia,
O que revelam?
Diferença no viver,
Obstáculos, realizações,
Dignidade em ambos?
Serras e montes,
Montes e serras,
O que encerram?
Solidariedade, resistência,
União entre os diferentes,
Direito para todos?
Ventania e brisa,
Brisa e ventania,
O que significam?
Rapidez, brandura,
Diversidade de ação,
Momento de reflexão?
Árvores e arbustos,
Arbustos e árvores,
O que proclamam?
Vida, firmesa,
Serviço constante,
Trabalho para todos?
Rochedo e pedregulho,
Pedregulho e rochedo,
O que mostram?
Magnitude, simplicidade,
Comunhão de bens,
Não à discriminação?
Mares e rios,
Rios e mares,
O que comunicam?
Afirmação, agilidade,
Energia persistente,
Coragem para todos?
Nascente e poente,
Poente e nascente,
O que celebram?
Brilho, sombra,
Sequência, entrosamento,
Certeza de justiça?
Concita
10/06/2005
domingo, 20 de novembro de 2011
O homem
Naquela oficina distante
Impera o ócio,
O desânimo.
As ferramentas dormindo,
As máquinas concentradas
Em si mesmas,
Nada produzem.
Sem ferramentas,
Sem máquinas,
O homem incapacitado
De produzir algo concreto,
Concentrado em si mesmo
Produz pensamentos,
Opiniões, indagações.
O ócio aparente
Se torna atuante,
Verdejante...
Concita
10/02/1984.
Impera o ócio,
O desânimo.
As ferramentas dormindo,
As máquinas concentradas
Em si mesmas,
Nada produzem.
Sem ferramentas,
Sem máquinas,
O homem incapacitado
De produzir algo concreto,
Concentrado em si mesmo
Produz pensamentos,
Opiniões, indagações.
O ócio aparente
Se torna atuante,
Verdejante...
Concita
10/02/1984.
sábado, 19 de novembro de 2011
Talhas--Jarras--Cântaros
As talhas falam com emoção
Do velho, do novo, do mundo, de nós.
As jarras ouvem com atenção e pedem
Aos cântaros que cantem uma canção,
Canção mensagem, que fale
Do velho, do novo, do mundo, de nós, da salvação!
Concita
31/03/2000
http://is.santamaria.eresmas.net/Cantaros.JPG
Do velho, do novo, do mundo, de nós.
As jarras ouvem com atenção e pedem
Aos cântaros que cantem uma canção,
Canção mensagem, que fale
Do velho, do novo, do mundo, de nós, da salvação!
Concita
31/03/2000
http://is.santamaria.eresmas.net/Cantaros.JPG
A poeira
A poeira do chão
Voa com o vento.
Sobe, sobe,
Recebe o sol,
Fica iluminada,
Esquece a vida apagada...
Concita
10/09/1989
Voa com o vento.
Sobe, sobe,
Recebe o sol,
Fica iluminada,
Esquece a vida apagada...
Concita
10/09/1989
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Por que não imitar?
Humanidade!
Por que não imitar,
As formigas que trabalham
Em sociedade organizada?
Humanidade!
Concita
13/11/2011
Por que não imitar,
As formigas que trabalham
Em sociedade organizada?
Humanidade!
Por que não imitar
As formigas que trabalham
Com sensibilidade afetiva?
Humanidade!
Por que não imitar
As formigas que trabalham
Com objetivo comum?
Humanidade!
Por que não imitar
As formigas que trabalham
Em comunicação constante?
Humanidade!
Por que não imitar
As formigas que trabalham, trabalham,
Se respeitam e não se matam?
13/11/2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Produção negativa
A máquina voraz trabalha
Produzindo sons ininterruptos,
Na surdez aos apelos humanos,
Na indiferença perante
A destruição da natureza.
A máquina voraz trabalha
Deixando o homem moderno
Surdo, cego, mudo.
A máquina voraz trabalha
Transformando sempre
O homem num robô,
Num ser programado,
Num indivíduo codificado.
A máquina voraz trabalha
Deixando o homem moderno
Vazio, perdido, aloucado...
Concita
21/08/1980
sábado, 15 de outubro de 2011
Braços vigorosos
Braços vigorosos surgirão
No caminho da vida.
Braços vigorosos farão
Tudo mudar,
As ondas do rio
Em ondas do mar.
As estrelas do céu
Em estrelas do mar.
O grito humano
Em fita magnética,
Que vai gravar,
A voz da bonina,
O suspiro do ar,
O barulho da alma
Que está a chorar.
E quem a fita escutar
Há de perguntar:
-Como pode a fita
Esses sons gravar?
Concita
08/01/1977
No caminho da vida.
Braços vigorosos farão
Tudo mudar,
As ondas do rio
Em ondas do mar.
As estrelas do céu
Em estrelas do mar.
O grito humano
Em fita magnética,
Que vai gravar,
A voz da bonina,
O suspiro do ar,
O barulho da alma
Que está a chorar.
E quem a fita escutar
Há de perguntar:
-Como pode a fita
Esses sons gravar?
Concita
08/01/1977
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Aprovação
A raiz prende
A planta no chão,
Sem a sua aprovação.
Por que o homem
Pede ao povo
Sempre aprovação?
Será que não sabe
Viver só com sua razão?
Concita
08/04/1976
A planta no chão,
Sem a sua aprovação.
Por que o homem
Pede ao povo
Sempre aprovação?
Será que não sabe
Viver só com sua razão?
Concita
08/04/1976
Simplesmente sol
O sol pensou
E compreendeu,
Que não é bom
Todo tempo brilhar.
Devagar foi embora,
Devagar foi embora...
Deixando a lua
Chegar!
Concita
21/07/2011
sábado, 1 de outubro de 2011
A granada
O estilhaço da granada
Acaba com a vida.
A granada da vida
Quando explode
Estilhaça o homem,
Tira o sentido da vida.
O estilhaço da granada,
A granada da vida,
Tudo acaba,
Tudo liquida...
Concita
25/0/1977
Acaba com a vida.
A granada da vida
Quando explode
Estilhaça o homem,
Tira o sentido da vida.
O estilhaço da granada,
A granada da vida,
Tudo acaba,
Tudo liquida...
Concita
25/0/1977
Ingratidão
O pavio foi aceso,
O fósforo apagado,
Jogado no chão...
É assim mesmo
A ingratidão!
O fósforo apagado,
Jogado no chão...
É assim mesmo
A ingratidão!
Concita
28/07/1977
Nuvem ligeira
Nuvem branca
E ligeira
Que passa no céu
A esvoaçar,
Lembra a alegria
Da gente
Quando vive pouco
E se vai a esvoaçar!
Concita
2/05/1976
Sol ardente
O sol ardente
Muito quente
Que na seca
Tudo acaba,
É o mesmo sol
Que tanto agrada
Quando enxuga
A terra molhada!
Concita
15/02/1976
Muito quente
Que na seca
Tudo acaba,
É o mesmo sol
Que tanto agrada
Quando enxuga
A terra molhada!
Concita
15/02/1976
sábado, 17 de setembro de 2011
Uma resposta
De telhado colonial,
Cobertor de musgo,
Som de berimbau.
Do portal colonial
Sai uma moça
Pensativa, apreensiva...,
Que olha o vento,
Que escuta o tempo.
O portal importante colonial
Vê a moça
Olhar o vento,
Escutar o tempo.
Fica imparcial,
No íntimo chora,
Tem pena da moça,
Que procura
No tempo e no vento
Resposta para seu sofrimento!
Concita
06/04/1977
É pena
É pena eu ter que dormir,
Quando as sombras da noite
Encontram-se e falam entre si.
Quando as árvores escuras
Estão alegres e dançam com o vento.
Quando um cão late e outro responde...
É pena eu ter que dormir,
Quando um carro dentro de noite
Produz uma onda sonora.
Quando uma coruja branca faz um apelo
Que sinto ser a humanidade inteira.
É pena eu ter que dormir,
Quando sinto a alma tão leve,
Quando na noite tudo é vida...
Concita
06/08/1979
Publicada originalmente em: http://academiacearense.blogspot.com/2011/09/poesia.html
Chuva... gotas... alegria...
Chovia...
Caiam gotas de alegria,
As gotas de alegria corriam,
Descendo a ladeira, sumiam,
Deixando-me triste,
Sozinha...
Vinha o sol com raios
De alegria.
Eu não os recebia,
Estava correndo atrás
Da chuva, das gotas, da alegria...
Concita
31/04/1997
Caiam gotas de alegria,
As gotas de alegria corriam,
Descendo a ladeira, sumiam,
Deixando-me triste,
Sozinha...
Vinha o sol com raios
De alegria.
Eu não os recebia,
Estava correndo atrás
Da chuva, das gotas, da alegria...
Concita
31/04/1997
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Etapas
Fonte: http://www.pasarlascanutas.com/
O botão da rosa
Fechado,
Concentrado
Em si mesmo,
É meditação.
A rosa desabrochada
Aberta para o vento,
Aberta para o tempo,
É contemplação.
Quando a rosa
Perde o vigor,
E fenece,
É sublimação!
Concita
07/09/2011
O botão da rosa
Fechado,
Concentrado
Em si mesmo,
É meditação.
A rosa desabrochada
Aberta para o vento,
Aberta para o tempo,
É contemplação.
Quando a rosa
Perde o vigor,
E fenece,
É sublimação!
Concita
07/09/2011
Opção
Eu pensei ser as margens do rio,
Para mostrar aos meus filhos o caminho.
Eu pensei ser o leito do rio,
Para mostrar aos meus filhos o caminho.
Depois eu pensei que meus filhos fossem o rio,
Fazendo, desde o nascimento, cada um o seu caminho!
Concita
11/08/1985
Rio Cocó, Fortaleza (foto de Luiz Almeida) Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/fotoglobo/posts/2010/01/10/parque-ecologico-do-coco-256294.asp
Para mostrar aos meus filhos o caminho.
Eu pensei ser o leito do rio,
Para mostrar aos meus filhos o caminho.
Depois eu pensei que meus filhos fossem o rio,
Fazendo, desde o nascimento, cada um o seu caminho!
Concita
11/08/1985
Rio Cocó, Fortaleza (foto de Luiz Almeida) Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/fotoglobo/posts/2010/01/10/parque-ecologico-do-coco-256294.asp
domingo, 21 de agosto de 2011
Eu queria...
Eu queria viajar
Na estratosfera,
Não dentro de uma esfera,
Livre!
Eu queria viajar,
Não com asas presas a mim,
Livre!
Eu queria viajar,
Não com caminhos a seguir,
Livre!
Eu queria viajar
Na estratosfera...
Concita
17/03/1990
Eu vejo...
Eu vejo o meu país
Sem paz.
O meu país
Que teve pais
Tão desiguais,
Poderia
De cada um deles
Ter absorvido
Lições especiais.
E hoje seria
Um país de paz!
Concita
17/08/2011
domingo, 14 de agosto de 2011
Carrossel
Carrossel mundo,
Mundo carrossel,
Girando e levando
Todas as raças.
Carrossel mundo,
Metade iluminado,
Metade apagado.
O lado iluminado
Será mais festivo
Que o lado apagado?
O lado apagado
Terá mais riqueza
Que o lado iluminado?
Que força faz girar
Esse imenso carrossel?
Concita
11/01/1982
Mundo carrossel,
Girando e levando
Todas as raças.
Carrossel mundo,
Metade iluminado,
Metade apagado.
O lado iluminado
Será mais festivo
Que o lado apagado?
O lado apagado
Terá mais riqueza
Que o lado iluminado?
Que força faz girar
Esse imenso carrossel?
Concita
11/01/1982
domingo, 7 de agosto de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Riqueza
O brilho de criança,
A bondade de um ancião,
O som da madrugada,
O afago de um irmão,
O ouro do entardecer,A grandeza do"dar-se as maõs",
O envolvimento do orvalho,
Tudo isso contido
Dentro de uma garrafa.
Concita
04/02/1978
domingo, 17 de julho de 2011
Gente grande
E vivendo a ilusão
Que é forte, é herói.
A brincadeira acaba
E não o abala.
Com gente grande,
Quando a ilusão acaba,
No seu lugar
Fica uma decepção...
Concita
30/01/1977
Resultado
sábado, 9 de julho de 2011
Procura
Um grito de desespero
É lançado no infinito
Em forma de espiral.
Espera ser ouvido
Pelo espaço.
Procura o eco,
Não ouve o eco.
Procura resposta,
Não ouve resposta.
Toma a forma de flecha
E volta à terra
Em queda vertical,
É tragado eliminado.
Foi tão loge, voltou,
Resposta não encontrou.
Concita21/02/1977
É lançado no infinito
Em forma de espiral.
Espera ser ouvido
Pelo espaço.
Procura o eco,
Não ouve o eco.
Procura resposta,
Não ouve resposta.
Toma a forma de flecha
E volta à terra
Em queda vertical,
É tragado eliminado.
Foi tão loge, voltou,
Resposta não encontrou.
Concita21/02/1977
sábado, 2 de julho de 2011
Superação
Transparente quero ser,
Desenvolver
Ao ponto de brincar
Com as abelhas,
Com os marimbondos
Dialogar,
Admirar as serpentes,
Em vez de repugnar.
Purificar meus pensamentos,
Elevar meu espírito,
Isso hei de alcançar,
Para na hora de partir,
Poder me fragmentar,
De forma que os fragmentos,
Alguém possa alcançar...
Concita
12/02/1978
Desenvolver
Ao ponto de brincar
Com as abelhas,
Com os marimbondos
Dialogar,
Admirar as serpentes,
Em vez de repugnar.
Purificar meus pensamentos,
Elevar meu espírito,
Isso hei de alcançar,
Para na hora de partir,
Poder me fragmentar,
De forma que os fragmentos,
Alguém possa alcançar...
Concita
12/02/1978
Mágoa
sábado, 25 de junho de 2011
Tecelagem
Tecelagem
Dos segundos
Tecendo minutos.
Tecelagem
Dos minutos
Tecendo horas.
Tecelagem
Das horas
Tecendo dias
Tecelagem
Dos dias
Tecendo o tempo.
Tecelagem do tempo
Tecendo a vida
Tecelagem
Da vida
Tecendo acontecimentos
Tecelagem
Dos acontecimentos
Tecendo
Tristezas e alegrias.
Tecelagem
Das tristezas e alegrias.
Tecendo marcas
Tecelagem
Das marcas
Tecendo,
Marcando
A gente.
Concita
20/03/76
domingo, 12 de junho de 2011
Diferentes portas
Uma porta que se abre
Parece que deixa
A verdade passar...
Uma porta que se fecha
Parece uma queixa
Por ter que silenciar...
Silenciar a verdade,
Que talvez fosse ajudar,
Alguém que cansado está
De a verdade procurar.
Concita
06/09/76
Anoitecer
Gosto do anoitecer,
Fico vendo o sol
Desaparecer.
Gosto do anoitecer,
Fico vendo as estrelas
Uma a uma
Aparecer.
Gosto do anoitecer,
Fico esperando a noite
Tudo e a todos
Envolver,
Com seu manto suave,
Querendo tudo e a todos
Proteger...
Concita
Fico vendo o sol
Desaparecer.
Gosto do anoitecer,
Fico vendo as estrelas
Uma a uma
Aparecer.
Gosto do anoitecer,
Fico esperando a noite
Tudo e a todos
Envolver,
Com seu manto suave,
Querendo tudo e a todos
Proteger...
Concita
28/08/1976
sábado, 28 de maio de 2011
Papoula vermelha
A papoula vermelha
Só tem um dia
De esplendor,
É como uma alegria,
Que chegou
E logo acabou!
Concita
25/03/1976
Só tem um dia
De esplendor,
É como uma alegria,
Que chegou
E logo acabou!
Concita
25/03/1976